As primeiras referências sobre o município estão ligadas à construção da primeira capela, erguida por volta 1832 nas terras que foram doadas por Esméria Angélica da Pureza, esposa do Capitão Jose Bernardes, como promessa a São Francisco de Assis.
Anos mais tarde, em 09 de maio de 1856, foi criada a Paróquia de São Francisco e em 28 de maio de 1856, pela Lei nº.774, São Francisco de Aguapé passou a distrito de Dores da Boa Esperança. Em 04 de dezembro de 1923, sob intervenção do senador pelo congresso mineiro, Doutor Domiciano Augusto dos Passos Maia, através do decreto nº.6416, o distrito foi elevado à categoria de vila (equivalente a município atualmente), passando a chamar-se Guapé, instalada em 03 de fevereiro de 1924.
Guapé foi uma abreviação feita por Passos Maia da palavra aguapé, que significa “caminho na água”, sendo, na língua indígena, uma planta aquática que recobre a superfície dos lagos e rios com suas folhas formando um tapete verde.
Por volta dos anos 50 com a construção da barragem de Furnas o município, situado entre os rios Grande e Sapucaí teve 206 quilômetros quadrados de suas terras inundadas. O drama dos habitantes foi registrado por reportagens, algumas premiadas, como as da revista “O Cruzeiro”.
As comportas das barragens da hidroelétrica foram fechadas no dia 10 de janeiro de 1963. As águas do Rio Grande começaram a subir rapidamente, deixando a população revoltada e incrédula com a situação. Para retirar aqueles que ainda resistiam, as tropas do exército foram chamadas. Folhetos anunciando a inundação iminente foram lançados por helicópteros e os caminhões e barcos do exército recolhiam às pressas a população rural apegada a terra. Muitas pessoas ilhadas, esperando a morte, acabaram sendo salvas pelos militares, enquanto outros preferiram afundar com suas casas. O fato era que todos estavam mortos por dentro vendo seus lares devastados pela imensidão das águas.
A construção da nova cidade
Depois da tragédia foi construída uma nova cidade em local mais alto.
Depois do retrocesso nos anos 60 e 70, investiu-se em novas tecnologias agrícolas, começou a produzir no cerrado, desenvolveu a piscicultura, transformou o café em seu principal produto.
Fonte: Wikipédia
Nos anos de 1999 a 2001, a redução do nível das águas da represa preocupou o país, que enfrentou o racionamento de energia elétrica. A seca fez o reservatório chegar ao menor índice de água represada de sua história fazendo reaparecer o local da antiga praça e os escombros da Matriz de São Francisco de Assis.
Atualmente o lago se encontra em um nível razoável e a economia da cidade gira em torno, principalmente, do café, da extração de pedras e do turismo.
Foto: Prefeitura Municipal de Guapé.
Fonte: IBGE / Prefeitura Municipal de Guapé.