Quem estudou entre os anos de 1983 a 1986, pôde tomar uma breve pincelada sobre ética, política, economia, moral e civismo com a disciplina “Moral e Cívica”. Havia apenas uma aula que se aplicavam uma vez por semana, nas 7ª Série e 8ª Série, antigo ginásio que hoje é chamado de Ensino Fundamental Anos Finais. Mas, mesmo em pequena quantidade de aulas, muito de nós soube assimilar o que tinha como objetivo a matéria que fundamentava no aprimoramento intelectual, contudo, enriquecia-nos culturalmente, ao menos era o que se esperava de nós alunos.
A quem não teve este privilégio, digo por aqui, que a “corrupção moral” é uma depravação progressiva dos costumes, pela qual o indivíduo, incapaz de impor princípios à sua vida, acaba por considerar sua vida normal válida para todos.
No momento vergonhoso do cenário político que nos envolve, sobre a Corrupção. Do latim “corruptio” = ação de romper pelo meio, rasgar em partes iguais, determinando a desintegração de um ser. Corrupção significa a progressiva desintegração de um ser, mediante a ação de fatores interiores e externos tendentes à sua destruição total.
É o que observa, com muita propriedade,
Montaigne: “Parce que nous ne vivons pas nos maximes, nous maximons notre vie”.
Ninguém nasce ladrão, ninguém se inicia no mal cometendo logo um crime espetacular. Antes de chegar aí, houve uma lenta preparação interior, uma insensibilidade crescente pelos direitos alheios, uma sedução cada vez maior e consentida pelas vantagens presumidas do crime, até que condições favoráveis induzem ao gosto criminoso.
Imagem: bbc.com
Mas, existe por sorte a profilaxia uma ciência que com sua técnica pode nos prevenir de um temeroso contágio, esta profilaxia é nada mais que a EDUCAÇÃO, aquela que recebemos nas escolas e a principal dos nossos berços familiares, isso para quem teve o privilégio de nascer em uma família da qual os “bons costumes” costumavam ser algo inerente ao ser humano, para que o tornassem extramente corretos e íntegros para viver em sociedade.
Saibam que o ser corrupto não tem escrúpulos morais nem respeito aos direitos alheios. Tudo vale para realizar seus desejos insaciáveis, daí vai criando, maquinando, esquematizando um golpe atrás do outro, só que chega o momento em que se rompe o equilíbrio interior e começa inexoravelmente sua própria destruição. É o que estamos vendo pelas redes sociais e de televisão.
Cientes da dimensão e força que carrega esta palavra/ação: “CORRUPÇÃO”, voltemo-nos um pouco para nós mesmos, cidadãos comuns, para nos resguardarmos deste bichão e prevenir que não nos contamine. Honrosos e certeiros seremos, se agirmos corretamente quando devolvemos um troco recebido a mais, quando respeitamos qualquer fila, quando não vendemos o voto em troca de favores, quando não tentamos dar um “jeitinho” e levar vantagem sobre algo, não enganando, não subornando, não mentindo, não falsificando, dentre outras tantas atitudes que podem ser consideradas corruptas, pelo menos é o que nos prega a moral e o civismo e os bons costumes recebidos de nossas famílias.
Ah! Como faz falta esta única aula de Moral e Cívica nas escolas.
(Fote: Enciclopédia de Moral e Civismo – Pe. Fernando Bastos de Ávila. Imagens: Google – https://www.google.com.br/search?q=imagem+.)